Si, estes últimos anos foramos ao Festimad (por 2 vezes: 1 moi bem, e outra moi mal... lembrai, foi o ano dos distúrbios), a Paredes de Coura (cartelazo: Nick Cave ou uns daquela semi-desconhecidos Arcade Fire, entre outros moitos), e à Cultura Quente, ao festival do Norte ou aos Festitoms (ai! Das waren noch Zeiten!), entre outros. Mais o de este ano era, a priori, o que melhor pintava. E hai que dizer que nom defraudou.
O tema é que Mari e mais eu chegamos a Madrid o venres 13 de julho pola tarde, e tras algumha confussiom sobre se teriamos pousada em Casa Táboas ou em Casa Jessica, finalmente se acordou que a Casa Jessica estava bem para durmir, mentres que a Casa Táboas, polo seu ar acondicionado e o seu amplo salom, estaria bem para passar as tardes. Tardes que se alongavam mais da conta porque mover 10 ou 20 persoas nom é tarefa doada: sempre hai alguém que fai algo e nom nos podemos ir. E com essas foi como, tanto o venres como o sábado, chegamos tarde para ver os primeiros grupos que nos interessavam. No primeiro caso, os clássicos James, aos que apenas lhes vimos o pelo desde longe mentres tocavam algum velho éxito; no segundo, os Editors, cujos discos tinha eu já bem escoitados e devecia por oi-los (a falta de Interpol...). Em fim, era visto que havia poucas possibilidades, já nom me fazia demasiadas ilusões.
A primeira tarefa nom parecia doada: havia que quedar com Llorenç! E quem é Llorenç? Pois um companheiro do Moi nas suas andanzas erasmusianas por Clausthal, a quem o nosso amigo ourensão deixou um pelim colgado (nom polo seu gusto, desde logo) ao rajar-se de ir ao Summercase. Pero aqui estavamos nós para evitar que o Llorenç passara o festival só! E abofé que saímos bem parados, já que o colega castellonense, ademais de ter um excelente humor e um estado de ánimo envejável para um festival, é um experto cultivador e um diestro liador, ademais de ter o excelente costume de compartir, polo que estivo todo o festival suministrando-nos caldeiros de maconha que nos davam moita vidilha.
Umha vez contactados com Llorenç, puidemos ir ao primeiro concerto da noite e foi DJ Shadow. Si, um pouco cedo para el (e para nós), e notou-se. Nom emocionou, pero polo menos quedamos contentos de saber que asistiramos a um evento único, já que Mr. Shadow dixo que era o último show deste tipo que fazia (a ver se é certo).
Passando de Jarvis Cocker, achegamo-nos a ver aos Jesus & Mary Chain, um grupo desses que pola sua categoria mítica é umha cita inexcusável. E, senhores, puidemos presenciar um autêntico concertazo! Para uns filhos tardios do noise coma nós, aquilo foi o revival impossível que por pouco nom vivemos. Aínda que algo limpos para o meu gusto (eu queria mais distorsiom e mais ruído!), soárom de puta madre e nom hai nada que reprochar-lhes. Um hit tras outro e a atitude adecuada.
Despois de tal exhibiçom já ia tocando algo de relax, assi que buscamos os sospeitosos habituais (Edu sempre se apunta ao chill out em determinados momentos) e nos fumos deitar na fresca erva que havia baixo a carpa de relax. Hai que dizer que a organizaçom (que já em geral estivo moi bem) apuntou-se ai um puntazo: havia mesmo sofás! Que vício... e singularmente ajeitado para oir a Air... assi com calma.
E boa falta nos fizo o descanso, porque tocava esmagar-se na carpa para ver a !!! e, entre a farmacopea, a animaciom e que som uns putos desgraciaos... houvemos morrer, pero de gusto. Aaargh!!! Estes tios som o mais parecido ao espírito eterno do rockandroll que te poidas atopar (e ninguém o diria, fazendo parte da selecta escena musical dance-rock neoiorquina). Já os viramos (pouco) em Paredes de Coura pero aqui rompérom a baralha, desde o segundo zero. O cantante -que showman, joder, em sério James Brown está morto?- que sae ouveando em gayumbos e daí em adiante o show que nom para. Que animais, que bestas escénicas, que forma de atualizar o funk e o primigénio espírito do r'n'r (que era bailar, nom o esquezades!)
Já nos perderamos a Kaiser Chiefs (sem pena nengumha) ou The Gossip, e ao fondo soavam Chemical Brothers. Pero a estes já os viramos em Compostela, assi que era bom momento pra retirar-se (nom quedava moito mais) e fazer cola (1 horinha... total, nada) para colher um bus que nos deixara em Madrid.
Outros com menos escrúpulos colarom-se... mais isso é outra história.
2º DIA
Se o venres me amolou um pouquinho perder-me a James, o sábado fodeu-me moito nom poder ver os Editors. E isso que desta vez vinhemos em coche, porque Maricarmen, que nom bebera nada a noite anterior, sentia-se com forças para repetir a jogada.
Entom, a única opçom sensata era ir colher sítio para PJ Harvey. A diva do rock alternativo actuava numha carpa às 10 da noite e a expectaçom era máxima. Um quarto de hora antes do começo já estavamos estratégicamente colocados, e suando.
Coa calor que fazia nom sei como ia tam tapada, nesse vestido branco tam comentado. Porque com PJ foi o momento marujo do festival, curiosamente fazendo coincidir aos tios, aos que causa moito morbo (que algo influirá o de que agora se ponha guapa, nom como fai 15 anos) e as tias, entre as que predominou a admiraçom. Isso si, admitindo todos que é mais bem feúcha... pero aqui faltava sem dúvida Nacho (perdido no médio de Portugal), o seu fam nº 1 neste aspecto.