A noite seguinte a Baby Dee tocava voltar ao Vera para um concerto agardado desde vários meses atrás. Em concreto desde que Moi descubriu um combo de Philadelphia posuidor dum direto -polo que se podia intuir em YouTube- formidável: os Man Man.
O chiste era doado de mais para deixá-lo passar...
(Precisamente por serem umha descoberta do Moi pareceu apropiado devolver-lhe o favor e combinar com Kunny para mercar-lhe um par de posters da sua autoria: o deste mesmo concerto e outro de Okkervil River. Curioso, por certo, o que tenhem montado no Vera com o tema posters, é umha autêntica comuna artística! Mas nom nos desviemos do tema, engadamos simplemente que Kunny, ao contrário do que agardavamos com a nossa mentalidade machista, é umha tia, e vaiamos ao que importa, a música).
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Claro que temos um problema: como descrever um concerto de Man Man? Difícil tarefa... empreguemos o mesmo método que seguem eles, e a ver que passa.
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De entrada já todo atípico. Bateria fronte a teclado de esguelho ao público em primeiro plano. Escenário ateigado apenas sítio para os músicos.
Enseguida a loucura absoluta saltos acompasados (teclista/baterista p.ex.) pinturas de guerra todos vestidos de branco
Culheres plumas botando auga num bol para fazer ruído, perdom arte
Agitando chaves no ar com todo o público imitando
Asombrosos brutais geniais fam honor ao seu nome e tocam como homes nom como niñatos
Mais de 50 anos de r’n’r e aínda hai quem teima em levá-lo a outro nível
Trompetinhas para nenos joguetes potas
Leva razom Alberto, estes estám posuídos e daria-lhes igual o rock que a caça do javarim, pero nom me gustaria ser javarim nesse caso.
Arrebatos Faith No More disfrazes circo berrando aqui hai espectáculo pero é cousa séria ou todo brincadeira? puro rock impuro
Como um Tom Waits com 60 anos menos sabendo o mesmo que agora
Baqueteando o ombreiro dum espectador guindando-se serpes de plástico entre eles sempre dando chimpos
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Paixom e anarquia para menos de cem persoas e por 7 €.
Man Man, por dizi-lo em 2 palavras: bu-ah! Se tocam perto da tua cidade, vai-nos ver; nom importa o preço da entrada: é barata. O concerto do ano, polo de agora.
E que estes tios com 3 discos às costas (o primeiro no 2004) nos passaram despercibidos… claro que é certo que os seus discos nom oferecem nem a metade do que dam ao vivo, pero aínda assi. Enfim, o mundo adoita ser mais rico do que esperamos. Afortunadamente.
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P.S. Ao rematar comprei o seu primeiro disco e umha bolsa com o seu logo, felicitei ao cantante e saquei-me umha foto com el... em ocasiões assi hai que cumprir com todo o ritual!
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2 comentários:
Quen os collera, algun dia chegara. Os discos gustanme psobre todo o primeiro que o mallara bastante. Non sei a que esperan os do Sinsal; cumpririan os nosos gustos es os deles.
Igual som demasiado "salgados" para o Sinsal, hehehe. Quiçais se tocaram mais a modo e mirando ao infinito... ;-)
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