Com sete anos a Roberta mandárom-na da mão de seu irmão maior aos Estados Unidos, para prosperar, dixerom-lhe. Em cruzando a fronteira o seu irmão deixou-lhe as normas bem clarinhas: aprenderemos espanhol e inglês, nom volveremos falar a nossa língua nahua. Foi-lhes moi útil. Atopárom trabalho cosendo pantalões vaqueiros de seis a seis e polas noites acendiam a rádio que puidérom mercar.
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Dez anos despois volvérom até as suas terras da Serra de Puebla, para o enterro do pai. Em chegando a nai abraçou-nos, bicou-nos e finalmente preguntou-lhes polas suas vidas, polas suas cousas. Roberta explicou-lhe mil cousas com o irmão a carom que nada compreendia. -Roberta, preguntou-lhe, nom te proibim que falaras nahua? Como o lembras? Assi é que, constou-lhe Roberta, practiquei-no às agochadas na ducha.
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Texto de Gustavo Duch Guillot publicado originalmente em Galicia Hoxe o 29-06-2008, dentro da série Identidades.
1 comentário:
Encántame esta historia!!!!!! Unha vez máis... ¡Vivan as mulleres!
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