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A Adelino
quando lhe perguntavam
dizia que trabalhava no polígono industrial
E nom era mentira
A sua família sempre tivera umha leira
em aquele terreo
no final da costa de vacas
Fora de seu pai
E da sua avó
E da mae desta
Ele nunca tivera vendido
mas foi expropriaçom forçosa
É polo bem de todos
diziam-lhe no bar à hora dos cafés e as partidas
Comprou
justo onde tivera as patacas
umha parcela com o dinheiro que lhe dérom
e a pensom dos anos em Zurique
Só havia três naves
um burguer com karaoke
e a sua horta
Quando lhe perguntavam
dizia que trabalhava no polígono industrial
E nom era mentira
Da Revista das Letras do Galicia Hoxe, 04/09/08
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
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2 comentários:
Como se parecem os polígonos industriais! Dá igual qual vejas, todos som um e o mesmo.
Obrigado pola cita.
Saúdos
Obrigado a ti, Igor, por partida dobre: por escrever e por comentar.
Saúdos.
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