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Regresso à House Of Blues, esta volta (si!) com a cámara de fotos disposta para inmortalizar o concerto de TV On The Radio. Abriam os seus vezinhos de Brooklyn, os Dirty Projectors, de quem não ouvira mais que alguns mp3 no seu myspace. De primeiras pareceram-me interessantes, uma banda ajeitada para telonear este concerto, por frescos e -até certo ponto- originais (esses toques africanos...). Mas ao vivo não me parecérom nada do outro mundo, e ao rematar a sua actuação a minha sensação era que nem fu nem fa.
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Todinho o contrário que TV On The Radio, que levárom o seu direto a cotas de intensidade que nunca percibira nos seus discos. Começárom ao seu ritmo, sabedores de que o encontro durava 90 minutos e não podiam sair a matar desde o princípio; mas ainda assi ficou claro desde a primeira canção que jogavam numa categoria moi distinta à dos Dirty Projectors: a avalancha sónica que se nos vinha em cima era de campionato. Para quando atacárom o tema de apertura de Dear Science (2008), "Halfway Home" (pa-pa-ra-pa-pa-pa-pa-ra-pa-pa), o concerto estourou definitivamente. Seguirom com uma visita ao anterior Return to cookie mountain (2006), esse tralhazo que é "Wolf like me", talvez um dos melhores singles de rock da década. Despois, como não sempre se pode ir cara arribe, deixárom-nos respirar um momento com o soul de "Crying"...
Adebimpe
A banda funcionava como um motor perfectamente engraxado; seria difícil destacar a algum membro, se não fora porque é impossível não fixar-se em Tunde Adebimpe, o cantante-teclista: como vocalista é moi bom, mas de presença vai sobrado. Que forma de mover-se e de mover-nos a todos! Mas claro, estão também às guitarras Sitek e de Kyp Malone (o inconfundível barbudo com quem, casualmente, me cruzara umas semanas antes polas ruas de Brooklyn); e que dizer da seção rítmica...
Bises junto a Dirty Projectors
Soárom também "DLZ" ou "Dirty Whirl", e não se esquecérom de visitar o Desperate youth, blood thirsty babes (2004) com "Staring at the sun". E completárom um concerto sobresaínte deixando para os bises uma das minhas favoritas, a fermosa "Family Tree" (We're hanging in the shadow of your family tree / Your haunted heart and me / Brought down by an old idea whose time has come / And in the shadow of the gallows of your family tree / There's a hundred hearts soar free / Pumping blood to the roots of evil to keep them young). Insisto: tremendos.