domingo, 20 de janeiro de 2008

Robin Hood chama-se Francisco

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Por dignidade, por justiça, num mundo decente Francisco M.E. deveria ser livre. Mais el está na cadea mentres os banqueiros se revolcam nos seus feixes de bilhetes.

Notícia sacada d'a Voz de Galicia e escrita por Nacho Bolívar.

Detenhem o presso que repartia os seus botins entre os demais reclusos.

Robin Hood, o veterano atracador de bancos e joierias que se caracteriza pola sua afeiçom a repartir sempre o botim entre os seus companheiros do cárcere madrilenho de Aranjuez, volveu ser detido pola policia nacional tras aproveitar um permiso penitenciário para asaltar umha sucursal financeira.

Francisco M.E., de 54 anos, está acusado esta vez dum atraco levado a cabo o passado 14 de janeiro num banco de Leganés, umha populosa cidade dormitório do sul da capital. Armado com pistola, intimidou aos empregados do banco e apoderou-se de 203.530 € e 7.838.000 pesetas. Em dias posteriores, enviou 40 giros postais a pressos do centro penitenciário de Aranjuez, onde cumpria condea, assinados como Robin Hood.

Os agentes começárom a sospeitar da sua autoria pouco despois de cometido o atraco.

A primeira hora da manhã, Francisco pediu umha entrevista com o director do banco. No seu transcurso, extraeu de entre as suas roupas umha pistola e intimidou aos empregados. Com grande tranquilidade deu-lhes as ordes precisas para levar todo o efectivo disponível. Os investigadores seguírom de perto a pista de Francisco. Soubérom entom que, de novo, abandonava o cárcere para desfrutar de outro permiso. Rapidamente estabelecérom um dispositivo para a sua localizaçom e o mesmo dia no que saiu seguírom-no até a central de correos, onde o detivérom.

No momento do seu arresto, intervinhérom-se-lhe 13 impresos de ordes de pago a outras tantas persoas ingresadas em distintos cárceres, assi como 51 impresos das mesmas características e 5 feixes de 100 bilhetes de 10 €.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Amor, paz e milanesas

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Paralelamente ao Congreso Internacional de la Lengua celebrado fai uns anos na cidade argentina de Rosario, houvo um congresso da língua para nenos. Nel, uns 100.000 nenos rosarinos de entre 4 e 14 anos de idade participaram numha enquisa acerca de qual era a palavra mais linda. As mais votadas foram Amor, Paz, e Milanesa (ou Escalope).

A moi fermosa verba MILANESA foi a mais votada entre os rapazes das famílias mais humildes. O jornal informa de que daquela um kilo de milanesas custava 3 dólares.

Eram tempos de fame.
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segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Guindar-se ao mar por 5.000 pesetas


Recupero esta notícia que escriviu E. Mouzo n'a Voz de Galicia, um 5 de dezembro de 1998. O seu protagonista é um marinheiro peruano de nome Fernando, tripulante do pesqueiro Pescalamar I, que se achava atracado no peirao corunhés de Linares Rivas.
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Aconteceu que esse dia, o pobre de Fernando se botou ao mar. E puxo-se a nadar, segundo parece com o objectivo de chegar ao peirao do Leste e despois voltar ao seu barco. Pero calculou mal: ia vestido, e entre o peso da sua roupa e o frio da auga começou a se afundir. Houvo morrer, mais os marinheiros dum pulpeiro que entrava no porto avisárom a Salvamento Marítimo, e alá fôrom estes na sua lancha rápida. Chegárom onda el, recolhero-no, e levaro-no até o seu barco para que mudasse de roupa. Tomárom-lhe os seus dados, botárom-lhe umha bronca ("nom o volvas fazer") e recomendárom-lhe botar umhas carreiras para entrar em calor.

Pero, por que se guindou ao mar Fernando, el que apenas sabia nadar, esse frio dia de inverno? Por que arriscou a vida desse jeito? Pois por 5.000 pesetas que apostara com um companheiro. Nom parecem moitos quartos, mais si o eram para el. Queria-os para poder mercar umha rádio com a que, nas suas palavras, "romper la soledad" que sentia a bordo.

Fernando partiu uns dias mais tarde cara o Brasil. Nom sabemos se antes conseguiu umha rádio, ou se a travesia se lhe volveu fazer interminável e solitária.