sexta-feira, 19 de março de 2010

Yo La Tengo (Capitol, Santiago DC)



A estas alturas, com Yo La Tengo só procede uma cousa: hai que queré-los. Quase um quarto de século levam os de Hoboken indo à sua bola, sacando os discos que lhes peta, sem fazer caso de modas, e o que é mais importante, com estupendos resultados: é difícil assinalar um disco frouxo (o último, o recente "Popular Songs", parece-me ótimo). Também é certo que é uma banda que, a mim polo menos, tardou em me apaixonar; mas a dia de hoje a sua intransferível combinação de noise, rock clássico, pop retro, soul ou mesmo jazz resulta-me irresistível. Por isso agardava moito do concerto que dérom a passada terça 16 de março na sala Capitol... e saím plenamente satisfeito.
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Começaram puntualmente (às 21:10, deixando apenas 10 minutos de cortesia) com "Decora", da sua obra mestra "Electr-O-Pura" ('95). Com Georgia sentada à bateria, Ira Kaplan e James McNew intercambiavam lados do escenário e mudavam de instrumentos. O primeiro momento verdadeiramente emocionante chegou para mim com "More stars than there are in heaven", do seu último disco, e esse mantra que repite we walk hand in hand... para então já me ganharam, e quando interpretárom a sua melhor canção de sempre, "Tom Courtenay" (ver video), a entrega era total. Fiquei moi agradecido de que incluíssem também "Little Honda", uma versão dos Beach Boys que lhes sae estupendamente. E justo despois chegou, para fechar o concerto da melhor forma imaginável, "I heard you looking", barbaridade instrumental do "Painful" ('93) que alongárom até acadar tremendas cotas de intensidade eléctrica*.
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Claro que faltavam os bises. Na primeira tanda figérom uma homenagem ao fulano que tocou o teclado num par de canções, quem seica leva com eles uma chea de anos. Boa ocasião para cantar "You are the sunshine of my life"... e mesmo para deixar que o fagam os pipas! E já na segunda e derradeira tanda, "Drug test" (akward choice, diziam eles) e "By the time it gets dark", para completar 2 horas de show. Não quigeram dar-lhes gusto aos fãs que pediam insistentemente "Blue line swinger", mas a nós não nos importou...


* demasiado para Juan, quem tinha este tema marcado na lista mas tivo que sair tomar o aire :-)
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P.S. o setlist completo, aqui.

sábado, 13 de março de 2010

Atopei o Nirvana no hemisfério direito

Aldous Huxley adoraria esta imprescindível "Ted Talk", onde uma neuróloga conta como se lhe abrírom as portas da percepção ao sufrir um derrame no hemisfério cerebral esquerdo.

(Podem-se escolher subtítulos em diferentes línguas)