O auditório do centro cultural Caixanova leva caminho de se converter na Meca dos amantes da boa música alternativa, e moi particularmente do folk americano. Já acolhera a Bonnie Prince Billy, Vic Chesnutt ou (no teatro de arriba) a Calexico, e esta vez era o turno de Bill Callahan. Um velho conhecido dende começos dos '90, com o nome de Smog ou com o seu próprio, que está a viver um fantástico momento musical.
Abriu o concerto com "All thoughts are prey to some beast", do seu aclamado LP do 2009 Sometimes I wish we were an eagle, e de imediato nos sumergiu no seu particular mundo. Um universo persoal e intransferível, do que não sairiamos durante o resto do concerto, atrapados pola sua característica voz e as suas inconfundíveis melodias. Boa parte da culpa foi do seu único acompanhante, o bateria, quem fijo um grandíssimo trabalho marcando o ritmo, criando a atmosfera e extraendo uns sons incríveis do seu instrumento. Por certo, tocou descalço todo o concerto.
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O grosso do show conformou-no o material do seu último disco, o devandito Sometimes..., com temas como "Eid ma clack shaw", "Jim Cain" ou "Too many birds". Porém, não esqueceu tocar o seu tema icónico, o fermosísimo e eterno "Bathysphere" aparecido originalmente em Wild Love (1995). Ao interpretá-lo, supliu magistralmente a instrumentação original com imaginação, e modificou substancialmente tanto a música como, especialmente, a letra, engadindo novos versos. O resultado, Sobérbio e Emocionante.
O único "pero" (previsível) foi que não tocou uma favorita minha, o "Hit the ground running", de Knock Knock (1999). Mas não se lhe puido pedir mais a um tipo que, tras a sua aparente seriedade inmutável, amosou detalhes curiosos (esses passinhos de baile sem medo ao ridículo) e um completo domínio do show. Sem dúvida, e polo menos durante esta semana, o nº 1 em Arbolícia.
O único "pero" (previsível) foi que não tocou uma favorita minha, o "Hit the ground running", de Knock Knock (1999). Mas não se lhe puido pedir mais a um tipo que, tras a sua aparente seriedade inmutável, amosou detalhes curiosos (esses passinhos de baile sem medo ao ridículo) e um completo domínio do show. Sem dúvida, e polo menos durante esta semana, o nº 1 em Arbolícia.