Outono, tempo de grelos, e outro ano em que a associaçom cultural O Abordelo organiza umha nova ediçom do Grelo Folk. Umha cita à que sempre acudo com umha alegria especial; e esta vez nom foi umha excepçom, ainda que as circunstâncias fixeram que esta ocasiom tivesse um cariz algo fúnebre. E é que tocava lembrar dous ausentes forçosos, duas persoas às que a da gadanha veu buscar com excessiva presa. Umha perda estava ainda relativamente recente: a do Manolo de Molde, genial puntal do Abordelo que foi devidamente homenageado tal e como dá fe o vídeo anterior. Seguro que as suas cinças sobrevoárom o mosteiro por umhas horas.
O Leo e XM Pereiro
A outra perda, mália ser moi anterior, tamém estava de atualidade, por ser o protagonista do Dia das Letras deste ano. Lois Pereiro foi lembrado em primeiro lugar no pregom, pronunciado polo seu irmão Xosé Manuel. E a seguir, por Ondas Martenot, o grupo que fora formado para homenageá-lo tocando algumhas das suas canções favoritas. Quase quase podemos falar de super-grupo, já que ali estám os papaqueijos Antom & Amil, Leo arremecaghona e Cristina Asenjo. No repertório, "People are strange" de The Doors, "Innocent when you dream" de Tom Waits, "Should I stay or should I go" de The Clash, "Love will tear us apart" de Joy Division, "Narcisismo" de Radio Océano/Lois Pereiro... ou seja, o toke indie, por chamá-lo de algum jeito, que até agora nom se escoitara nos Grelos e que moito me prestou.
Que modernosss!
A seguir, um achádego peculiar: a Orquestra os Modernos. A palavra "retrofuturismo" cobra um novo significado quando se aplica a esta tropa, um conjunto de música bailável que aspira a estar à última... segundo os estándares de começos do século XX. Tremenda festa montárom, a base de moita ironia e boa música. A todo isto, hai que dizer que o som era espectacular, "perfecto de 10", nom só no caso deste grupo senom em geral de todos. Vinham despois uns habituais por estes lares, os Cuchufellos, pachanga e canha desde as terras de Trives. E para rematar, Estimaba que viñeras, dos que a verdade já pouco podo dizer, pois a essa hora marchei botar a soneca ao carro.
Enfim, tenho que admitir que sempre o passo genial nesta festa, e parece mentira quanta felicidade pode aportar algo no fondo tam singelo. Só podo agradecer aos organizadores que ano tras ano sigam rompendo os cornos para montar isto, e pregar-lhes (Ana, Pablo, vai em sério) que por favor, nom se lhes ocorra deixar de fazê-lo. Que as endorfinas som moi necessárias para a saúde.
Ah, e se podo, umha petiçom: que o do vindeiro ano recunque no modernismo... e no postmodernismo! :-D