Já está disponível o 4º volume da Enciclopédia da Música Clássica! Despois do nº 1, sobre as origes da música culta contemporánea (Sex Pistols e demais...), do nº 2, sobre a New Wave, e do nº -1, sobre o rock psicodélico de finais do '60... já podedes disfrutar com o melhor resumo possível do período que vai desde 1982 a 1988. Isso si, unica e exclusivamente ides atopar o que se deu em chamar Novo Rock Americano (NRA) e os grupos neopsicodélicos da escena Paisley Underground. Que nom vos ubicades demasiado? No problemo, para isso estamos em Arbolícia. Marchando umha lecçom resumida de musicologia oitenteira (recomenda-se baixar primeiro o arquivo, descomprimi-lo, e escoitar mentres vos culturizades):

REM: Que se vai dizer deles que nom estea dito já. Os de Athens estavam no ano 1984 em plena forma e faziam jóias como este “Harborcoat” (do LP Reckoning), que nom precisou ser single para virar clássico.


Winter Hours: e se de Guadalcanal Diary aínda haverá quem se lembre, de Winter Hours já é mais difícil. Eram uns segundons, pero tamém capazes de fazer algumha que outra marabilha como este “Wait till the morning”, tirada do disco homónimo (1986) que compilava vários EP’s.


Green On Red: Os de Chris Cacavas ficam como um dos grupos mais carácterísticos do Novo Rock Americano (NRA) de mediados dos ’80. Gravity talks foi o seu primeiro LP, publicado em 1983 despois de sacar um par de EP’s.

Flying Color: Outros dos que caerom no esquecemento generalizado, mália ser umha máquina de facturar pequenos himnos de pop guitarreiro, especiais para dias de chúvia. Quem o duvide faria bem em escoitar o seu disco homónimo, que incluía entre outros o pequeno hit “Dear Friend”.

True West: A banda dum mítico do rock americano como Russ Tolman sacou dous mini-LP’s no 1984 e nos dous incluía o seu tema mais característico, “And then the rain”, se bem era moito melhor versiom a do disco Hollywood Holiday, que por suposto é a incluída nesta compilaçom.

The Silos: O bom de Walter Salas-Humara segue a sacar discos a dia de hoje. Quando debutou, no ano 1986, com o LP About her steps, fazia um rock moi do estilo da época. Logo evoluiu, e paga a pena escoitar tamém o seu trabalho posterior, que tem sempre o seu toque persoal.

Thin White Rope: A tia que os contratou admitiu que, para que a discográfica aceptara ficha-los, os colou como pertencentes à daquela puxante escena Paisley Undergroud, com a que tinham pouco que ver: o seu nom era a psicodélia lánguida senom o rock desértico, como o que se pode desfrutar no seu LP Exploring the axis de 1985.

Long Ryders: Grupo paradigmático do lado mais próximo às raízes, mesmo ponhiam sombreiros vaqueiros sem vergonha! Venerados polo Ruta 66, a sua obra mestra é o dico Native Sons de 1984, pero a cançom incluída aqui provém do mini-LP 10-5-60, publicado o ano anterior.

The Replacements: De Minneapolis, a banda de Paul Westerberg (um dos grupos favoritos de Tom Waits nos ‘80) nom era facilmente reducíveis a umha etiqueta. No seu LP Let it be (1984) colaborava, como nom, Peter “estou-em-todas-partes” Buck.


The Steppes: É de sobras conhecida a minha debilidade por estes americano-irlandeses que, liderados polos irmãos Fallon, acadárom as mais altas cotas do folk-rock psiquedélico... sem que ninguém se enterara. “Tourists from timenotyet”, do LP Stewdio (1988), foi a sua melhor aproximaçom a um single de pop perfecto.

Dream Syndicate: A banda primigênia do –a estas alturas- patriarca do rock americano Steve Wynn publicou em 1982 The days of Wine and Roses, o disco que deu o pistoletazo de saída a toda a escena Paisley Underground, radicada em Los Ángeles.

The Rain Parade: O seu Emergency Third Rail Power Trip (1983) está considerado por moitos (entre os que me incluo) umha das obras mais perfectas do pop/rock dos anos ’80. Lisérgica até dizer basta, inclúe melodias que fariam palidecer de enveja a The Byrds. “What she’s done to your mind” é o melhor exemplo do que sabia fazer David Roback antes de Opal e Mazzy Star.
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The Three O’Clock: Vezinhos dos grupos anteriores, os seus primeiros discos –como o Baroque Hoedown de 1982, de onde sacamos este “I go wild”- conjugavam psicodélia e energia guitarreira. Posteriormente fôrom caendo no pasteleo-com-teclados tam próprio da época. Por certo que ao começo se chamavam Salvation Army, até que a organizaçom do mesmo nome os fijo mudar.

The Bangles: Si, som elas, as mesmas dos mega-éxitos “Walk like an Egyptian” ou “Manic Monday”. Antes de passar-se ao rolho Prince faziam parte da escena Paisley, e versioneárom o “Going down to Liverpool” que publicaram o ano anterior Katrina & the Waves (si, os de “Walking on sunshine”, mas tamém a banda do ex-Soft Boy Kimberley Rew). Incluído em All over the place (1984).

Game Theory: A banda de Scott Miller eram dos mais popeiros do Paisley Underground. Chegárom a completar obras mestras como Big Shot Chronicles (1986) ou o Lolita Nation (1987), onde se pode atopar esta marabilha titulada “Chardonnay”.