The Zombies são uma banda inglesa de curiosa trajectória. Formados a começos da década dos '60, sacárom vários singles que chegárom a ser êxitos menores arredor de 1964/65. Era a época beat, e eles enquadravam-se mais ou menos nessa onda, se bem com alguns toques especiais. Em 1965 editárom o seu primeiro LP, onde basicamente se recompilavam os seus singles anteriores, e em 1967 gravárom a que seria a sua obra mestra, o disco "Odessey and Oracle": uma fermosa colecção de canções de pop barroco, com apenas algumas insinuações psicodélicas. Mas quando saiu ao mercado, em 1968, a banda já se separara. Assim que, mentres nas décadas seguintes "Odessey..." foi criando um culto crescente, eles não estavam ali para capitalizar esse êxito tardio. Mas, maravilhas do novo milénio, hoje podemos desfrutar dos Zombies ao vivo, e assim o figemos ontem na sala Mondo.
O concerto começou com tão só os dous líderes do grupo sobre o escenário. São uma parelha de contrastes: Colin Bluntstone (voz e aspecto cadavérico, escasos signos vitais) e Rod Argent (teclados e entusiasmo, principal referência sobre o escenário). Despois de tocar um par de temas que não figuram no seu repertório clássico, entrou o resto dos integrantes da banda. O som era correto, mas seguiam sem tocar temas reconhecíveis para mim. Isso si, o Rod Argent encargava-se de contextualizar cada um deles polo miúdo, destilando amabilidade no seu inglês bem inglês. Até que empalmárom 4 ou 5 temas seguidos de "Odessey & Oracle", começando por "A rose for Emily" e incluindo "Care of cell 44" (seica é a canção favorita de Dave Grohl). Soava bem, ainda que não chegavam a reproduzir o fantástico som do disco original.
Despois veu um repaso a alguns temas da sua primeira época, como o hit "Tell her no" ou uma das minhas favoritas, "Whenever you're ready". Soou também, como não, o "Time of the season". A estas alturas já estavam mais soltos, e nos obsequiárom com alguns desenvolvimentos instrumentais bem desfrutáveis. Para o final deixárom o que seguramente é a sua canção mais redonda, uma autêntica "nugget": uma pletórica interpretação de "She's not there". E voltamos contentos para casa (apesar de ter apoquinado 18.75€ por hora e pico de concerto numa sala petada de mais).
2 comentários:
Bueno... algo más de media hora tocaron, no? Yo diría que una horita bien...
La verdad es que grupos que suenen como The Zombies, no es muy probable que podamos volver a escuchar así que, mereció la pena el acostarse un poco tarde y gastar unos eurillos.
Bueno, ahora a ver a Eli Paperboy Reed en Santiago!!
Tes toda a ração, quixem escrever "hora e média" e saiu "média hora", Já está corrigido :-)
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