Foi um desses concertos a traição, imprevistos. Era sábado, 13 de Novembro, e eu baixara tomar algo com a escusa de ver um partido. Estava na Casa de Arriba com os outros dous futboleiros, Moi e Richi, e entre cerveja, gol e cerveja surgiu a ideia de ir ao concerto da Iguana. Tocava um grupo desconhecido para mim, uns tais Strange Boys. Moisés, como é habitual, falava maravilhas deles, e Juan uniu-se ao entusiasmo recomendando-os encarecidamente. Tampouco havia plano alternativo, assi que optei por fazer-lhes caso e alá fomos.
Os Strange Boys resultárom ser uns rapazes texanos dos que deveria ter ouvido falar... se este ano estivesse seguindo a atualidade musical com tanta atenção como outros (que não é o caso). Tampouco é que sejam nengum hype: certo é que aparecem entre os novos artistas recomendados polo Ruta 66 no seu número de 25 aniversário (o qual lim pouco despois de ir ao concerto), mas o seu disco de debut, "The Strange Boys and Girls Club" (2009) colheitou um discretamente favorável 7.1 em Pitchfork e nem apareceu entre os 50 melhores do ano na lista de Rockdelux. E o seu segundo LP, o editado neste 2010 "Be Brave", obtivo um ainda mais discreto 6.1 em Pitchfork.
Como ainda não escoitei os seus discos, não podo opinar sobre o justas ou injustas que são essas apreciações. O que si podo dizer é que a sua música é interessante, e o seu directo paga a pena. Suponho que a etiqueta que se lhes deve colocar é a de "garage", e dentro desta tiram mais em direção à psicodelia e as raízes (blues, r'n'b, country) que cara o punk ou r'n'r. Todo com um toque "weird", como corresponde a toda boa banda de Austin. Musicalmente, lembram-me bastante a The Woods, ou mesmo a The War On Drugs (hai por vezes um toque dylanesco). Quando se ponhem rockeiros podem soar um pouco a Kings of Leon... enfim, boas referências, como vedes.
Assi que de estilo bem... e do que realmente importa, que afinal são as canções? Pois cumprindo também, já que contam polo menos com um temazo polo que ser lembrados: o single que dá nome ao seu último disco, "Be Brave". Tampouco é que o resto do seu repertório resalte especialmente, ainda que falo só desde as primeiras impressões--veremos o que passa tras sucessivas escoitas. Evidentemente, do que tocárom ao vivo não reconhecim nada, a excepção de uma versão: a de "El cóndor pasa" que popularizaram Simon & Garfunkel.
Resumindo, um bom concerto que se desfrutou um chisco mais por imprevisto... mágoa que precisamente por isso não levara comigo a câmara, e não poida incluir nenguma foto original (conste que tínhamos boas vistas, tanto quando estivemos em baixo como quando subimos à parte superior). Isso si, se alguma vez consigo descargar as fotos do móvel (alguém tem um ordenata com bluetooth?) verei se hai alguma aproveitável... ;-)
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