segunda-feira, 11 de julho de 2011

Vigo Transforma


Hola a todo el mundo

O sábado 2 de Julho era o dia grande do Vigo Transforma, e claramente o mais apetecível. Principiava com Hola a todo el mundo, grupo que redime o conceito freqüentemente aborrecível de "indie espanhol". Tenhem algumas boas canções e dam o pego com o som; mais que suficiente para começar o festival com boas vibrações e indo para arriba. Nom seguiu assi a cousa com Russian Red. A popular cantante (mais bem impopular, ultimamente) veu moi acompanhada (moitas guitarras) e evitou a fragilidade que figera tam populares as suas primeiras maquetas, mas sem animar verdadeiramente o panorama. Nem bem nem mal...


Yann Tiersen

Pouco ou nada sabia de Yann Tiersen aparte de ser "o da banda sonora de Amelie". Abofé que essa etiqueta nom o define em absoluto; a sua música picotea em moitos sítios e evita a classificaçom fácil. A mim por momentos pareceu-me post-rock do bom, mas noutros momentos nom saberia dizer o que. Em qualquer caso, foi intenso e convincente, deixando-me com a vontade de escuitar mais cousas suas. Seguiam The Pains of Being Pure at Heart, de quem alguns esperavam pouco e eu moito. Com dous discos no haver, levam facturado algumas das pérolas pop ruidoso mais adoráveis dos últimos anos. Mas ao vivo nom fôrom quem de reproduzir o efeto; falta-lhes presença e rotundidade no som... ou assi foi nesta ocasiom. Suponho que tampouco me perdera tanto naquel Paredes de Coura no que chegáramos tarde ao seu concerto por apurar de mais a botelha de licor pola tarde!


The Pains of Being Pure at Heart

Vinham despois The Gift. A já veterana banda portuguesa tem alcançado altas cotas de emoçom nalgum tema, mas por alguma razom o seu direto pareceu-me mais bem vulgar; talvez fosse o feito de ter altas as expectativas. E para rematar, os cabeças de cartel, dEUS. Estes si que nom defraudam, e desde o princípio dérom uma liçom a, p.ex., The Pains, de como soar contundentes e ao mesmo tempo melódicos. Sempre elegantes, ratificárom a boa impressom que causaram em Paredes... isso si, polo pouco tempo que os vim, apenas os primeiros temas (M.C. teimava em ir para casa).



segunda-feira, 4 de julho de 2011

Rota dos Muínhos do Folom e do Picom - Poças do Cal



Por alguma razom decidimos passar o dia mais caluroso do ano caminhando polo monte, contando os moitíssimos muínhos que povoam as beiras destes carreiros do Rosal. Percorremos a senda em sentido anti-horário, subindo polo Picom e baixando polo Folom... e parando no meio para refrescar as horas centrais do dia com uns banhos nas poças do rio Cal. As fotos estám em ordem inversa, começam polo remate.








domingo, 3 de julho de 2011

Sonar Crunha, 17-18 Junho 2011


MIA entre a gente


O Sonar barcelonês tem uma consolidada trajetória, coerente e interessante. Até agora só o conhecía de ouvidas, e já tinha gana de catar a sua ediçom galega, uma versom reduzida da que podem desfrutar em BCN. Poder gozar dum evento assi na Crunha é todo um privilégio, ainda que a reduçom da oferta se traduziu num estreitamento do abano estilístico, prescindindo de algumas das propostas mais heterodoxas. De jeito que o menu que nos ofertavam estava mais centrado no baile que no conceito mais amplo e relativo de “músicas avançadas”: nada de Steve Reich, por exemplo, nem de Aphex Twin, Dizzee Rascal, Ryuichi Sakamoto ou Janelle Monáe... nem da idéia de Sonar de dia e Sonar de noite, que tanto me apetecia dadas as minhas querências diurnas.



Mas vou falar já do que si se puído escoitar, principiando polos encarregados de abrir a noite da sexta-feira, os veteranos Underworld. O trio inglês fora um dos referentes do encontro entre o mundo do rock alternativa e as pistas de baile, hai quinze anos. Ao vivo utilizam um par de trucos escénicos como a pantalha trás a que se ocultava por vezes o cantante, ou os jogos que fazia com uma câmara de vídeo... mas a fim e ao cabo eu ia por escuitar o de “mega mega white thing” de aquel "Born Slippy" que os figera famosos, o hit que nunca superárom, e que deixárom apropriadamente para o remate. O ambiente no festival era ainda um pouco frio, e a dizer verdade este primeiro dia ficou um pouco assi, sem achegar-se ao cheio nem de longe. DJ Ino y la Keise Band pugérom algo de calidez, era uma das bandas que nom conhecia e que me convenceu com a sua mistura de funk, hip hop, e mesmo jams de jazz. Mália que alguma resenha criticava o seu som, acho que o local nom ajudava, e de feito o mesmo reproche se lhe poderia fazer a mais grupos, como Magnetic Man. Os trio de DJs de dubstep pugérom-lhe vontade mas nom conseguírom espertar-me, apesar de "I need air". Restava por ouvir o kuduro de Buraka Som Sistema e o seu "wegue wegue", festa e baile para fechar a primeira noite.





O mais interessante estava reservado para a segunda, começando pola figura indiscutível do festival, M.I.A. A música desta londinense de Sri Lanka e o status de estrela que tem acadado som para mim do melhor que lhe tem passado à música no que levamos de século. Ofereceu-nos um show de altíssima intensidade, despois dos minutos iniciais nos que nos castigou com um interminável video de debuxos animados ao estilo bollywood. Houvo de todo, saltos ao público, invitaçom a que este invadisse o escenário durante vários temas, os rapeos de Afrikan Boy, temazos como "Paper Planes"... pero os 50 minutos que durou figérom-se moooi curtos. Uma autêntica mágoa. Cut Copy fôrom com diferença os mais popeiros do festival. Som uns horteras, e teimam em recuperar o pior dos anos 80 (por que volvem agora esses sintetizadores? porque é o revival que toca, claro)... pero tenhem o que hai que ter, ou seja hits: "Need you now" e "Take me over", inapeláveis. Só por isso, fôrom o melhor dos 3 grupos que se solapavam a essas horas: moito mais entretidos que Richie Hawtin, que quem apenas ouvimos um par de cortes - e bem nos chegou- e Four Tet, que nom estivo mal ainda que nom me impactou. Todo o contrário de Die Antwoord, fantásticos desde o começo. Esperava com interesse o show destes sudafricanos, que parodiam/defendem a idiosincrasia white trash (ali chamam-lhe "zef"), e nom defraudárom o mais mínimo. Personalidade, bós temas como "Ritch bitch" ou "Enter the ninja", original posta em escena e entrega total: todo o que se pode pedir. Despois deles vinha pinchar James Murphy, mas entre o cansaço e o pouco chamativo da proposta do ex-LCD Soundsystem, só nos quedamos a escoitar o começo.





A resposta selvagem