terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Festa Clausura SinSal 2011



O ano vai chegando ao seu fim, e com el remata tamém o ciclo de eventos programados polo colectivo Sinsal ao longo do 2011. Umha boa razom para montar umha festinha e fechar o ano como é devido, que nunca se sabe o que pode vir no futuro, e menos nestes tempos. Já avisam os de Sinsal na sua web: "o ano 2012 será ainda mais duro, mais complicado". Som tempos duros, inseguros, estranhos, que pidem música que os acompanhe.

Umha música ao estilo, por exemplo, de Das Kapital, os encargados de abrir a velada do 5 de Dezembro na sala Mondo. Umha banda que recupera um certo espírito dos anos '80, o que aqui na Galiza representárom os Resentidos (dos quais versioneárom "Jet Society") e Radio Océano (dos quais, "Narcisismo"). O seu nome já dá pistas de por onde vam os tiros: post-punk de inclinaçom industrial e linha proletária. Ao procurar o seu nome aginha saem referências a Einstürzende Neubaten ou ao situacionismo, como apontava por exemplo Alex Cancelo no Tempos Novos de Julho deste ano. Eu quedo-me com a versom que figérom de "First we take Manhattan" de Leonard Cohen, moi bem traida e traduzida. E nom lhes falta um toque de humor, que nom é óbvio, mas si importante pois evita que as actuações do Leo (agora mesmo o melhor frontman do país) caiam no síndrome "performance de Emilio Restrepo" ;-)


Pola contra, o humor nom é o que caracteriza a Ninsennenmondai. Este trio de japonesas nom se permite nem tam sequera um sorriso, nom hai relax nem lugar a despistes. Expressom hierática e precisom robótica que, contodo, nom implicam frialdade nem falta de emoçom. Moi ao contrário: é começar a meter-te numha cançom sua e à mínima que te despistes estás atrapado, sem saber moi bem em que retorta ficaches. Como numha actualizaçom do kraut-rock de Neu!, ritmos motorik que tamém podem tirar, num momento dado, cara sonoridades mais recentes como o post-rock ou o revival post-punk da passada década. Moito 'post', certamente (nom esperavamos outra cousa dos rastreadores de Sinsal), mas bem orgánico e disfrutável. E que bateria, senhores! Desde The Hanged Up que nom via algo comparável (por certo, fora noutro Sinsal, naquel mitiquérrimo concerto de GYBE).

Despois dos concertos optamos por marchar; já amortizaramos de sobra os módicos 5 € da entrada, ainda que assi nos perdimos a Galis 115 e Ningunos DJs, que pinchariam até bem entrada a noite. Ficamos desde já à espera do que nos traia o Sinsal 2012, até entom o inverno será duro... pero já falta menos!

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