terça-feira, 15 de novembro de 2011

Pony Bravo (Sala Mondo, Vigo, 11/11/11)





La voz del hacha dice la verdad / parte el tronco justo por la mitad

Como mola a verdade de Pony Bravo! É surrealista, intensa, original, divertida... este quarteto sevillano chegou a Vigo já bem rodado e perpetrou um concerto redondo, nom demasiado extenso pero completo. Adoitam ser comparados com Triana e Veneno, e nom se erra moito ao dizer isso; tamém é certo que nalgum tema lembram aos Doors... pero em realidade som moito mais, e uma cançom sua pode tirar igualmente cara o reggae, por exemplo, ou cara ritmos africanos (som confesos admiradores de Fela Kuti), ou mesmo cara o kraut-rock ou o post punk, influências estas últimas que se notam mais no seu grupo paralelo, Fiera. Eu apenas os conhecia, mais alá de ter escoitado "Noche de setas" em Radio 3, mas a sistematica escoita do seu último disco ("Un gramo de fe") previamente ao concerto me preparara para uma boa descarga musical, da que saim convertido em fan.

Os seus discos podem-se baixar de balde na web El Rancho, pero hey, por que nom comprá-los? Já só polo artwork - onde convivem nazarenos, Cobi, a esfinge Chiquito ou as flores psicodélicas - já merece a pena. E do genial packaging do disco de Fiera, "Déjese llevar", já melhor nem falamos... provavelmente o mais original dos que alberga a minha colecçom de discos!

Prefiro nom entrar demasiado em detalhes sobre se tocárom este ou aquel tema; à fim e ao cabo repassárom praticamente todo o disco. Só uma mençom especial: ao bis no que tocárom uma nova cançom, "Mi DNI", hilarante narraçom dum encontro com um crítico musical, suponho que baseada em feitos reais, e que agardo que gravem quanto antes. Deixo um fragmento da sua interpretaçom de "Ninja de fuego", um de tantos temazos:


sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Wilco

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Wilco é uma banda sobrevalorada... os seus discos estám bem, nom hai nengum mau, mas nom chegam ao nível das louvanças que adoitam receber, tanto da prensa musical como de moitos aficionados. A ver, é que eles e mais eu nom começamos com bom pé; quando os escuitei por vez primeira (o Summer Teeth do 1999) eu tinha em mente que tocavam americana, tal e como lera por aí, e fiquei descolocado. Tardei bastante em decatar-me de que o seu rolho era outro, que realmente som uma banda de pop-rock ao estilo beatle, com alguma querência por ritmos kraut (o que nom os fai piores que se fossem uma panda de folkies, nem moito menos).




Ora, o dito anteriormente aplica só aos Wilco dos discos. Ao vivo som outra cousa, o seu direto tem sona de ser dos melhores do mundo mundial... e despois de vê-los dou fe de que assi é. Dá igual que os temas sejam de Jeff Tweedy, nom tem nada que ver um concerto deste em solitário com um de Wilco: cumpre-se bem o tópico de que o todo é moito mais que a soma das partes. Porque Wilco, isso si que é innegável, som uma máquina perfeitamente ajustada, uns professionais do seu, que é tocar, cousa que fam com precisiom e contundência.





Por um show assi si que vale a pena abonar os 40 € que nos calcárom; uma cifra penso que excessiva para um concerto de rock, ainda que quase parecesse um saldo sabendo que noutros sítios desta mesma gira - e sem sair do estado espanhol - a entrada costava perto dos 100 €. Ademais o sítio, o novo Auditório do Mar de Vigo, era moito mais acaído que o inicialmente previsto (o pavilhom das Travessas, que era mais grande, mas com um som infame). A todo isto, houvo teloneiro, Jonathan Wilson, ainda que praticamente nom o escoitei, já que aproveitamos essa hora para beber cerveja na entrada. Nós nom queríamos fazer-lhe um feo ao Jonathan, mas resultou que os vasos de birra nom se podiam introduzir na sala... detalhe que se coidavam de advertir quando cha vendiam, os moi listos.







E que tocárom? Pois aí embaixo deixo o setlist... e este é outro ponto a favor dos diretos de Wilco, porque se num disco nom vam sobrados de canções, à hora de seleccionar 20-25 já é outro cantar... e isso que faltárom um par de temazos, nomeadamente "Spiders (kidsmoke)" e "At least that's what you said", aos que bem lhes podiam ter feito sítio. Isso si, por fim Moi puido escoitar em condições o "Heavy Metal Drummer", que por diversos e sucessivos gafes sempre se acabara perdendo nos seus concertos anteriores de Wilco. Polo demais, o repertório previssível: meia dúzia de temas do seu último disco, visitas frequentes aos seus discos cume "Yankee hotel foxtrot" e "A ghost is born", e puntuais lembranças do resto.