quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Steve Wynn is back in Vigo!

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“Esta es una canción muy viejo... no, poco viejo... bueno, ¿qué es viejo?”
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Mr. Wynn & Mr. Cacavas

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Esta frase com que Steve Wynn introduzia, num voluntarioso castelhano, “That's what you always say” (do seu disco de debut com The Dream Syndicate, “The Days of Wine and Roses” -ano 1982: já choveu) tivo uma rápida e certeira resposta: desde a primeira fila, um fan de toda a vida retrucou “¡YO soy viejo!”
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As persoas envelhecemos, a música nom tanto. E alguns músicos parecem burlar esta lei universal, nom hai mais que olhar para a cara de rapazolo do próprio Steve, ou à forma em que Chris Cacavas (para sempre “o ex-Green On Red”) disfruta como um adolescente que ainda está aprendendo a tocar a guitarra.
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De certo que o concerto do 5 de fevereiro na sala Mondo veu apoiar esta tese. Estivo centrado basicamente no último disco de Steve Wynn, “Crossing Dragon Bridge” (2008), gravado em Ljubljana às ordes de Chris Eckman -o americano europeizado que fora cabecilha dum dos mais infravalorados grupos dos '90, The Walkabouts-, e que nos mostrava um Steve Wynn num registro ligeiramente mais tranquilo do habitual, mas em plena forma criativa.
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Ao igual que o disco, o show abriu e fechou com as duas partes de “Slovenian Rhapsody”. Entre elas puidemos escuitar alguns médios tempos, como a fermosa “Fault Manhattan Line” -talvez a melhor cançom desse álbum-, mas tamém outras mais electrificadas como os clássicos da era Dream Syndicate “Medicine Show” ou, como nom, “The days of wine and roses” -uma vaza segura para os bises.
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O momento simpático veu com “Punching holes in the sky”, outra das novas composições de ar folk, quando Mr. Wynn baixou do escenário para se pôr a cantar entre o público, micro de pé incluído. E, tras animar ao resto da banda a fazer o mesmo, o gesto virou num original mutis cara o backstage sem que parasse a música.
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Nos 100 minutos de concerto houvo mais simpatia e entrega (a solvência e o repertório já se lhes supunha, melhor dito, se lhes conhecia) da que seria a priori exigível a um par de fulanos que cargam desde hai tempo com a etiqueta de “clássicos do rock americano”. Steve e Chris lembrárom as boas noites passadas em Vigo (já passaram pola Iguana), amosárom-se felizes de estarem de novo por aqui, fixérom que nos preguntássemos que significa ser velho para os parámetros do r'n'r, e, o mais importante, lográrom convencer-nos de que nom fizeramos o parvo por apoquinar os 18 € da entrada.

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