Levava tempo sem falar desta velha e querida teima. Mas uns dias atrás, lim uma notícia no Atlántico recolhendo uma postura das CC.OO. de Vigo favorável à unificação de concelhos. Tras constatar a inoperatividade das 6 mancomunidades da área viguesa (as de Vigo, Val Minhor, Condado, Paradanta, Morraço e Baixo Minho), proponhem a sua conversão em concelhos a todos os efeitos. Segundo a sua análise, isto permitiria reduzir custos e melhorar os serviços, sem implicar uma redução de persoal. Se isto não se fai é, segundo eles, unicamente por medo dos partidos políticos a perder poder.
Concordo absolutamente com esta análise. E alegro-me de ver que a racionalidade se vai abrindo passo, e que praticamente todo o mundo que estuda esta questão coincide nos pontos básicos - essencialmente, a necessidade de reformular o mapa municipal.
Coincidindo no tempo, a Junta de Galiza vem de publicar as suas Directrizes para a Ordenação do Território e do litoral. Um documento extenso, que cumpriria ler demoradamente, e no que prima (dizem) o continuismo respeito às anteriores (do bipartito). Talvez um dos aspectos mais significativos seja a aposta por singularizar 2 áreas metropolitanas: a do Norte, entre a Crunha e Ferrol, chamada Ártabra; e a do Sul, ou de Vigo e Ponte Vedra, chamada das Rias Baixas. Concordo com esta visão, na que estas áreas seriam fundamentalmente diferentes ás zonas de influência das restantes cidades do país (Santiago DC, Ourense e Lugo). Assim, haveria que diferençar entre as 2 áreas metropolitanas, as 3 comarcas com um centro urbano importante, e as regiões intercaladas.
Ilustro esta postagem com a minha (pen)última proposta de divisão municipal para Galiza. Evidentemente, parto da mesma ideia de sempre: a de fusionar concelhos para que adquiram dimensão comarcal. Além disso, avogo também pola criação das 2 grandes áreas metropolitanas (A.M.), cuja existência real é indiscutível. E por último, coido que cumpriria deixar a porta aberta a que os restantes concelhos se associem entre si, constituindo regiões de características mais ou menos uniformes, mas de natureza não necessariamente estática ou excluínte. É por isso que no mapa se indicam unicamente, para além das duas áreas metropolitanas, as três "comarcas urbanas" - e não se definem os limites de mais regiões, a diferença de noutras propostas anteriores (ver I, II).
Ah! E num alarde de possibilismo (porque estou convencido de que uma reforma como esta é factível a dia de hoje, sem ter que agardar por tempos melhores) o território considerado é o da atual Comunidade Autónoma da Galiza - e não da Galiza inteira, irredenta ou não.
6 comentários:
Ainda que non me vexo capacitada para valorar o mapa polo miúdo, estou certo de que estará moi ben plantexado esabes que concordo co fundamental do teu plantexamento, pero, xordemen unha pregunta:
Se creamos unha nova entidade administrativa (A.M), non poderemos estar creando dúas velocidades de cidadáns? (os das cidades e os do rural), poderíase conseguir que haxa unha serie de prestacións que sexan do ámbito de competencia da área metropolitana...que non estean dentro das competencias dos concellos. ¿como o ves?
(Felices fests...apertas a túa avoa e un bico forte para Carmiña)
Graças polo comentário, "Anónimo" (pero por favor, assina com o teu nome!! que não estou seguro de quem es... e assim como dou os saúdos da tua parte?)
Entendo a tua preocupação. Mas, por uma banda, creo que coincidiremos em que a dia de hoje já hai "2 velocidades", vamos, que os cidadãos do rural e da cidade não tenhem as mesmas prestações. O feito de criar A.M.s (as quais não seriam outra cousa que mancomunidades de concelhos) não necessariamente agravaria esse feito, ou isso me parece. Mas para analisá-lo polo miúdo compre muito mais espaço que o deste comentário, assim que quando queiras, já sabes....
Perfecto.
Hoxe teremos ocasión de debatilo como se deben debatir estas cousas...no bar... Son gazapo
Concordo completamente no da fusión de Concellos. O de dúas áreas metropolitanas é moi de gusto dos habitantes nelas, pero é absolutamente insostíbel e delirante iso de establecer unha estrana categoría adicional de "comarca urbana", que se solaparía coa anterior agás no capricho de engadir como "urbana" á Comarca de Compostela, só polo feito de estar encabezada por un conxunto de casas deslavazado que nunca puido pasar de noventa mil habitantes, pese a tódolos esforzos e privilexios, non sempre legais nin morais, postos nelo (e con tódolos meus respectos á indiscutibilidade da súa capitalidade de Galiza), deixando como "non urbana" á terceira cidade de Galiza, urbanita ata a médula (con todo o bo e malo que iso comporta).
Para rematar o agravio, sustráese da área de influencia de esta última ao actual Concello de Beariz, que sempre estivo indiscutíbelmente nela dende tódolos puntos de vista, e poñéndoa con territorios que están alén da principal cordilleira do país (vermos un mapa físico é contundente neste senso).
Polo demáis, hai aspectos moi interesantes na proposta, aínda que fallos coma os anteriores desacredítana bastante.
Urbanita, graças por comentar. Irei por partes:
1. Viches mal o mapa. Eu não deixo como "não urbana" a terceira cidade da Galiza, ao contrário! Ourense, Lugo e Compostela aparecem, as três, como "comarcas urbanas". Acouga a tua indignação ourensanista que, como vês, não tem razão de ser ;-) Por outra banda, estou de acordo com que a categoria de "comarca urbana" seguramente é supérflua; talvez hoje não a usaria (a postagem tem um tempo já). Usei-na simplemente para distinguir aqueles concelhos/bisbarras cujo núcleo reitor é uma cidade e nos que, portanto, se dão umas relações diferentes às que acontecem nas outras comarcas. Isto é evidentemente discutível, mas não me parece que seja nem "insustentável" nem muito menos "delirante", como a qualificas ti; nem entendo a que vem essa animadversão que tes contra Compostela (suponho que será consequência da confusão anterior). Por se acaso, pensa que Compostela não só é evidentemente uma cidade, senão que a sua influência urbanizadora se extende em várias direcções: cara o Oeste para a zona da Amaía (Briom e Ames), hoje quase cidades-dormitório de Compostela; cara o Sul pola zona de Milhadoiro (cara Padrom) e pola da Ulha (Teo, Vedra, Boqueixom); e cara o Leste/Norte para Sigüeiro.
Continuo:
2. As áreas metropolitanas são uma realidade, gostemos disso ou não. É um feito que, no norte, hai um continuum urbano desde o porto de Ferrol ao da Crunha, com todas as suas interrelações. Igual que o hai no Sul por toda a costa entre Poio e Baiona. Como penso que o ideal é que as estruturas administrativas reflictam a realidade (geográfica, social, económica, cultural, etc), coido que seria ajeitado que existisse algum tipo de entidade que se correspondesse com essas áreas. Como não teria muito sentido (concordaremos nisso, suponho) que todo o território que abrangem essas áreas se incluísse num só concelho, é polo que proponho a existência de A.M's. Mas tampouco é o principal da minha proposta: o fundamental para mim é a unificação de concelhos e a descentralização participativa das "comunas" (parróquias, freguesias...).
3. Beariz, na zona de influência de Ourense? Nem de conha!! Alhariz ou Ribadávia, si; mas Beariz, amighinho, está no médio do monte e não está na área de influência de nenguma cidade, a menos que se entenda o de influência de forma mui mui laxa. (E por certo, apesar de estar na província de Ourense fica algo mais perto de Pontevedra). Certo que está do outro lado da dorsal galega que Forcarei e Cerdedo, mas não falamos do Himalaia... e estes 3 concelhos formárom historicamente a bisbarra de Terra de Montes. Poderia incluir-se Beariz na bisbarra do Carvalhinho, em lugar de nesta? Si, sem problemas. Mas isso não a situaria na "área de influência" de Ourense (a menos que proponhas uma área metropolitana ourensã bem mais grande da atual comarca, o que seria incoerente com os teus comentários).
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