domingo, 3 de junho de 2012

Deça



Pequena excursom pola bisbarra de Trasdeça, terra da família de minha mãe. 


A célebre fervença do Toxa, justificando a sua sona.


Mais umha vista da fervença...


Caminho da fervença


Era no passado mes de Março, ainda em tempo de seca...


Vista dende umha janela do mosteiro de Carvoeiro



Baixada desde o mosteiro até o rio Deça


Rio Deça, fazendo de limite entre os concelhos de Silheda e Vila de Cruzes


A Ponte do Demo, protagonista de lendas

domingo, 22 de abril de 2012

A senhora Maria de Neixom




Falam dela na Praza. Era Maria de Neixom, da parróquia de Cespom, no Barbança (concelho de Boiro). Nessa web pouco mais dim dela, apenas que faleceu hai cousa dum ano. Incluem, isso si, a ligaçom ao blogue do Manuel Gago, o imprescindível Capítulo 0, e el si conta algo mais. Entre outras cousas, aporta a ligaçom à notícia da sua morte, na que sucintamente se comenta que Maria tinha 84 anos e que morreu atropelada perto de Rianxo, quando caminhava pola estrada às 6 da manhã. Ainda que nom sei nada dela, parece-me que esse dado, o da hora tam temprana, encaixa perfeitamente na sua vida. Morreu madrugando, nom podia ser doutro jeito. Graças a Toño Chouza, que gravara para um documental estas images da senhora Maria, ainda podemos vê-la e, sobre todo, escuitá-la. E despedi-la fazendo nossas as palavras do Manuel, que tem alma de poeta: "adeus, senhora Maria, alma, orfa, soínha do mundo". 

sábado, 14 de abril de 2012

O Eume, depois do lume

Percorrido duns 15 kms., feito esta tarde com meu pai e o Paulo de Gestoso. Depois de deixar o carro no camping Fragadeume, fomos cara o Penedo Gordo, onde atopamos os primeiros rastros do lume.

Zona bastante queimada, dende a que podiamos ver o lado ao Norte do rio.

O lume nom se iniciou aqui, assi que esta barbacoa nom tivo nada que ver.

Ao fondo, o mosteiro de Caaveiro.

Começamos o descenso cara o Eume...

... atravesando uma paisagem totalmente calcinada.

Até que começou a aparecer o verde...

... coincidindo com o passo dos alcolitos à autêntica fraga.

Os fieitos e o musgo, em perfeito estado.

E o verde, fermoso como sempre.

Por fim, o Eume, à altura de Caaveiro mais ou menos.

Continuamos rio arriba, sempre pola beira de Monfero.

O lume cruzara o rio, mas notava-se mais a sua presença na beira norte.

Haverá que ver como evoluem as àrvores que até agora conservárom a copa verde.

Os regatos derramavam auga a varrer...

... ajudados pola chuva, que nos acompanhou durante todo o trajecto ainda que de jeito intermitente.

Ao chegar à central do Parrote, subida pronunciada...

... e volta polo caminho real.

Muínho da Laje.

E as piscinas correspondentes.


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

The Vegabonds no Aturuxo, 21/02/2012



The Vegabonds som uma jovem banda de Auburn, Alabama. Debutaram em 2010 com o LP "Dear Revolution", e estes dias estivérom de visita por estes lares com um 2º disco recém saído do forno. Se vos digo que o seu título é "Southern Sons", e o do correspondente single -excelente tema, por certo- é "Georgia fire", já vos fazedes uma idéia de por onde vam os tiros. Rock surenho de toda a vida, moi ao estilo duns Black Crowes, por exemplo (e moi pouquinho Kings of Leon, ainda que se lea alguma comparaçom por aí). Puidemos desfrutar deles uma noite inusual, a passada terça feira; em parte fomos porque no-los recomendou Jose Antonio, e em parte porque já ia tocando catar o célebre ambiente do Aturuxo, um pub que é algo assi como a Iguana, mas em Bueu. A experiência foi satisfactória e, apesar de ter que deslocar-nos, de ter que madrugar ao dia seguinte (bom, eu nom muito, hehehe), e dos 10 € da entrada, valeu sobradamente a pena. O som foi excepcional (vaia fenómenos tocando) e cada tema deixava-che essa sensaçom de parecer-se muito a uma ou duas canções que já escoitaches antes... mas sem conseguir lembrar quais som. Tanto nos rocanroles como nas baladas soárom cómodos e convincentes; sem conhecer a fundo o seu repertório, só podo engadir que abrírom versioneando "Loving Cup" dos Rolling Stones, e superárom com nota o test. Assi que, bem por eles, e já sabes, se se achegam à tua vila, vai sacando do armário a camisa de lenhador e as gafas de sol.



segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Fraga da Marronda



De rota entre onde nasce o rego do Souto, um afluente do rio Martim, perto da aldeia d'a Branha, e o lugar de Mendreiras, de caminho à Cortevelha. Fica no concelho de Baleira, na terra de Burom. É a zona da fraga da Marronda, que infelizmente nom estava na época do ano de maior esplendor. Haverá que voltar em primavera ou outono para desfrutar mais das paisagens.















terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Pola bisbarra do alto Eume, arredor do Pico Velho



Images dum percorrido circular pola parróquia de Goente (concelho das Pontes, Eume), com início e fim no lugar de Galhel. Subimos ao alto de Fontardiom, bordeamos o pico das Moas, passamos polas Veiguinhas, baixamos até o rego da Cernada, cruzamo-lo e voltamos ao ponto de partida pola estrada que vem do Gestal. Pode-se dizer portanto que demos uma boa volta arredor do lugar do Pico Velho. A paisagem era ao começo de montanha, com vegetaçom de monte baixo e cavalos ceivos; segundo fomos baixando cambiou para a típica fraga eumesa que se vê na derradeira foto. Para rematar ainda baixamos (já no carro) até a Lamela, para ver o encoro.







domingo, 1 de janeiro de 2012

Os melhores discos do 2011



- Um possível Top 5, sem nengum intento de exaustividade:

1. Bon Iver, Bon Iver
O seu debut, "For Emma, forever ago" fora do melhorcinho de 2008, uma colecçom de canções maravilhosas com sonoridade característica e uma história mais grande que a vida. Difícil de superar, e mesmo de igualar... mas nom impossível, como demostrou este ano: Bon Iver é Bon Iver corrigido e aumentado, tanto sónica como tematicamente. Chapeau.

2. EMA, Past Life Martyred Saints
A novidade do ano, como já anticipáramos aqui. Dá-me preguiça buscar mais palavras para descrivi-lo. Tremendo. Imprescindível.

3. The Pains Of Being Pure At Heart, Belong
O melhor disco de puro pop do ano, inçado de pílulas perfeitas. Para tararear de princípio a fim.

4. Iron & Wine, Kiss Each Other Clean
Irresistível desde o primeiro minuto ("Walking far from home"), e estranhamente luminoso. Encantador.

5. PJ Harvey, Let England Shake
PJ segue a reinventar-se, desta vez com um sorprendente giro temático: do "eu" ao "nós", e curiosamente "nós" significa "os ingleses". A qualidade nom se ressinte. Bem por ela.

- Boa nota tamém para:

Fleet Foxes, Helplessness Blues
Mais que digna continuaçom do seu disco de debut (melhor? pior? nom me preguntes). As atmosferas pastorais marca da casa e vários temazos. Poderia estar no top 5, mas nom colhia ;-) O tempo dirá se me arrepinto de deixá-lo fora.

REM, Collapse Into Now
Os discos de REM levavam 15 anos anunciando-se como o seu retorno à forma, " o seu melhor disco desde...". Sempre era mentira. Mas esta vez si que foi o seu melhor disco desde, polo menos, 1998. Um trabalho notável que deixava um mui bom sabor de boca. Seguramente por isso aproveitárom para despedir-se, fechando assi umha carreira de trinta anos. Snif snif.

Tom Waits, Bad As Me
O caralho este é incapaz de sacar um disco mau. O deste ano nom chega ao nível de "Real Gone" ou "Orphans", mas si que melhora os seus discos de 2002, "Alice" e "Blood Money". Nom hai novidades, o de sempre: moi disfrutável.

Wilco, The Whole Love
Soa bem no disco e melhor ao vivo, ainda que nom é do melhor que tenham sacado.

- E por último, alguns aos que lhes haveria que exigir muito mais... ou se cadra é que já nom se pode esperar mais deles a estas alturas... já veremos:

Radiohead, The King Of Limbs
Despois de quase 4 anos, vam e sacam isto? Home, como disco de caras B teria um passe, pero...

Mogwai, Hardcore Will Never Die, But You Will
Os de Glasgow estám instalados numa confortável repetiçom da fórmula; já só aportam genialidades nos títulos.

Current 93, Honeysuckle Aeons
David Tibet saca uma obra mestra cada 10 discos; nos restantes abunda o prescindível. Este ano tocava prescindível. Muito me temo que para o 2012 seguirá por aí. Por certo, tenho pendente escrever um texto em profundidade sobre C93... a ver se neste ano me ponho.

domingo, 25 de dezembro de 2011