terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Strange Boys
sábado, 4 de dezembro de 2010
As primeiras neves em Paradela
... e (II) ...
sábado, 27 de novembro de 2010
Espertar contra o monstro
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
The Zombies (Vigo, 11/11/2010)
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
20 anos de Diplomáticos de Monte Alto
Estamos no tempo de... botar a vista atrás. Com a idade venhem as lembranças, e decatas-te de que um feixe de cousas que passárom na adolescência (os anos moços por excelência) acontecérom hai já "n" anos. E a mim, mália ir sempre de eclético, cosmopolita, original e indie/alternativo, se algo me tocou de perto (e penso que podo falar também polos meus amigos) naqueles anos '90, não foi tanto o grunge, nem a electrónica nem outras cousas igualmente interessantes. Foi o que passava aqui, no nosso bairro, na nossa aldeia, na nossa instância (persoal) do mundo (global) que nos acolhe. Vaia, tampouco me quero pôr pedante de mais... vamos, que se algo nos tocava a fibra circa 1994, isso era o que se deu em chamar Bravú. Que, se imos a isso, era bem eclético, cosmopolita, original e indie/alternativo, ainda que não saia nas revistas de tendências nem no rockdelux.
O ano passado comemoramos os 10 anos do disco dos Papaqueixos; algo antes reuniram-se os Rastreros... e esta volta tocava o 20 aniversário da banda bravú por excelência, os nossos Pogues, os nossos Mano Negra: os Diplomáticos de Monte Alto! Que já se juntaram recentemente para tocar no Reperkusión de Alhariz, mas coincidira com a despedida de solteiro de Paco e não puidéramos ir. Mas esta vez não havia grandes impedimentos, e puidemos dar-nos cita na Crunha, para inaugurar a sala Túnel (com entradas a 5€, esgotadas dende dias antes) nos baixos do Coliseum, no cada vez mais urbano bairro de Elvinha.
Hoje fum ao mundo inteiro
A jornada de festa começara muito antes de nós chegar: a Rota da Tralha percorreu “o mundo inteiro”, dende Monte Alto a Elvinha, descargando ao seu passo a Treboada Korunhenta. Bandeiras negras, megáfono e repichocas para tomar as ruas: party for your right to fight. Assi cantavam quando passavam os irmandinhos. Assi chegárom ao Coliseum, e alá entramos com eles no Túnel.
O espírito do passaruas não se esvaeceu de vez: os Jarbanzo Negro não saírom ao escenário, senão que se metérom entre o público e começárom (ou seguírom, segundo se mire) a festa. Acompanhados por Xurxo Souto, movérom-se e movérom-nos cara adiante e cara atrás, e quando subírom ao palco a cousa seguiu polos mesmos derroteiros. Ainda que nunca me gustárom demasiado (comprei o seu disco e bem que me arrepentim), hai que reconhecer que ao vivo tenhem um passe. E o seu festivo turbo-folk fijo bem de aperitivo para o que estava por vir.
Kontra o mundo!
X.M. Pereiro: Cha-cha-cha-cha-cha-cha!!
Dixeram que não iam dar um concerto de reunião emotivo, desses nos que continuamente estão a subir velhos amigos ao escenário e os discursos entorpecem o show. E abofé que cumprírom o propósito, pois aquilo foi uma descarga de tralha sem descanso. Mas si que houvo, polo menos, ocasião de viver um momento único: quando um Xosé Manuel Pereiro visivelmente emocionado apareceu para cantar dous temas que os seus Radio Océano legaram à posteridade: a sua versão de “Como o vento” (originalmente dos portugueses Sétima Legião, posteriormente recuperada polos Diplos em Avante Toda), e a peça da sua colheita “Terra Chá”.
“Ai vai”, a peça que os Diplomáticos tomaram prestada dos Carayos (aquela banda que Manu Chao tinha à margem de Mano Negra), foi adotada como espécie de sintonia de continuidade, e tocada com ímpeto e brevidade como uma dúzia de vezes, para dar passo em cada ocasião a uma nova descarga de energia. (Penso que tocárom também algo do Komunikando, o disco que sacárom sem Souto nem Mangüi e que talvez nunca deveu existir, mas não sejamos maus: seguramente era necessário). Apropriadamente, rematárom com Aí Vos Quedades (entre curas, frades e militares!), e deixárom para o bis uma das suas canções que melhor resiste o passo do tempo: Estrume, essa colaboração com Xan que tantas vezes temos ouvido ao vivo.
Enfim, vemo-nos dentro de 20 anos, se é que antes não tronza o universo!!!
sábado, 30 de outubro de 2010
Cies
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Fontaneiro sem auga
sábado, 21 de agosto de 2010
Public Enemy (Castrelos, Vigo, 5 de Agosto de 2010)
domingo, 15 de agosto de 2010
sábado, 24 de julho de 2010
Patti Smith (Castrelos, 18 de Julho)
Cita em Vigo com uma responsável de parte da minha melhor educação musical, dende que com 12 anos o Rubén me gravara um casette com o "Horses" numa cara e uma seleção dos Pixies na outra. Já tivera oportunidade de ver a Patti Smith no Festimad 2004, ainda que um festival não era talvez o formato ideal. Era esta, já que logo, uma ocasião de luxo a baixo preço (10€) no parque de Castrelos.
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Louro
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Vigo Transforma
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Rio Gesta (Serra do Suido)
Com a fervença aló em baixo
quinta-feira, 24 de junho de 2010
sábado, 12 de junho de 2010
Manuel Rivas: As mulheres que levavam o mundo na cabeça
terça-feira, 1 de junho de 2010
Shellac + Mission of Burma
Burma!
Teria eu 15 anos quando comprei por correio os “Fan Club Singles” de REM: dous preciosos singles em vinilo transparente e coloreado com as versões que a minha banda predileta adoitava fazer como regalo de nadal ao seu clube de fãs. Daquela o de baixar música da internet era ciência ficção, assim que a única forma de escoitar essas canções era tendo o disco em si, o que lhe conferia a estes artefatos para coleccionistas um caráter de jóia do que agora, evidentemente, carecem. Um dos temas incluídos nessas gravações era “Academy Fight Song”, hit perfeito e pegadiço onde os haja, que me enganchou ao instante. Infelizmente, estava acreditado ao seu autor, um tal Conley do que não escoitara falar (hoje googleas isso e tes toda a informação que desejes em seguida, mas daquela... enfim, não sigo com as batalhinhas). Tardei vários anos em averiguar que a banda de Conley era Mission of Burma, um combo de culto na escena post-punk de Massachusetts que tivera uma breve existência circa 1980. Com o tempo baixei alguns dos seus MP3, e o ano passado comprei numa tenda de Boston um CD que recopilava o seu primeiro 7” (aquel “Academy Fight Song”) e o seu EP “Signals, calls and marches” (no que se atopa “That’s when I reach for my revolver”, outro hino de raiva, ruído e melodia tão característico deles). O legado original dos MoB reduz-se a essas duas gravações e a outra mais, o LP “Vs” de 1982 que supostamente inspirou o disco homônimo de Pearl Jam. Mas hai mais, de feito moito mais, porque 20 anos despois do “Vs” se juntárom de novo... e o resultado é que na última década temos 3 discos novos de MoB que, por certo, não estão nada mal.